Dois anos

Já vai fazer dois anos que ando nisto. Nesta luta que parece interminável!

Houveram fases boas. Aliás, fases em que acreditei que a cura era possível e eu iria alcançá-la! Mas não! Não consegui…

Não terei lutado o suficiente? Merecerei todo este sofrimento?

Criei este blog para apoiar todos aqueles que estivessem a passar pela mesma situação ou mesmo para que outras pessoas se pudessem inspirar na minha história… Mas o que é certo é que não lhe tenho dado a devida importância ultimamente.

Tudo isto porque recaí… Recaí e perdi a esperança.

Sim, eu que em tantos textos fui forte, apoiei, aconselhei… Agora foi-se tudo…E stou esgotada, saturada… Completamente farta disto. Estou fraca, sem forças… 

Há quase cinco meses entre quatro paredes… Uma rotina horrível e muitas vezes dolorosa… São dias que parece não terem fim. Eu e os meus pensamentos que me massacram, que me fazem entrar em desespero…

Ninguém merece tamanho sofrimento. Ninguém merece passar por isto! E por isso me questiono “porquê eu?”. Eu que tantas vezes vos disse que não vale a pena este tipo de questões!

E agora? O que fazer? Haverá cura? Irei sair vitoriosa desta batalha? Quanto mais tempo terei de sofrer?

Sinto-me na escuridão. Resta-me ter Fé. Em Deus, em Nossa Senhora… Porque eles podem tudo, eles têm o poder da cura. Por isso, peço-lhes que olhem por mim, me protejam, me salvem… A mim e a todos os que passam pelo mesmo…

Só queria ter uma vida normal. Só queria estar perto da minha família… Das minhas irmãs, do meu afilhado… Só queria estar na minha cidade… Só queria estudar, trabalhar, ser alguém!

Espero sinceramente que tudo esteja a correr bem com aqueles que seguem os meus textos… Espero que tenham encontrado a cura e estejam a aproveitar ao máximo a vida!

 

 

 

 

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Quem puder, ajude

 

Estou novamente a passar por uma má fase. A doença voltou.

Até ao momento não precisei de ter o meu pai cá, mas ele teve de me vir apoiar, pois só com a ajuda da minha avó, não era possível. Não posso deixar de referir a minha mãe que me apoia também incondicionalmente.

E, neste momento, ele não trabalha para me poder acompanhar nesta luta. Estamos assim com grandes dificuldades económicas.

É por isso que venho pedir ajuda. Hoje eu, amanhã um de vocês  ( Deus queira que não).

 

Portugal: banco BPI : PT50 001000004639998000122

Canadá:  Toronto: banco BMO 0396-3954-791

Recaída

Hoje não trago boas notícias…

Tudo corria muito bem até que, RECAÍDA!

(Para quem está em manutenção pós transplante, não fiquem assustados, não acontece com toda a gente. Continuem com todos os cuidados, SEMPRE).

Sim, está de volta!

Mais uma batalha! Mais questões: “Porquê outra vez?”, “Porquê a mim?”.
Não vale a pena questionar-me, não!

A LUTA CONTINUA, ESTÁ-ME DESTINADA E VOU VENCER!

Lembram-se do meu primeiro desabafo?

“Começo agora a dar valor à vida, ao quanto é bom viver, ser-se saudável, trabalhar, fazer aquilo que queremos, comer aquilo que queremos…

Chateei-me tantas vezes com a vida por motivos banais… Fui tantas vezes mal agradecida…

E agora sim, a vida deu-me os motivos para me chatear, para lhe mostrar que quero viver e voar… Voar bem alto!”

Bem, eu realmente aprendi a dar valor à vida! E agora não quero outra coisa! QUERO VIVER VIVER VIVER! VOAR VOAR VOAR!
A vida está-me a transformar numa lutadora, a mim e a todos vocês que estão a passar pelo mesmo.

NO FINAL SEREMOS INVENCÍVEIS!

Até lá, resta-nos LUTAR!
Na verdade, lutar é o que toda a gente faz diariamente, quer por um emprego, quer por umas férias nas Caraíbas, quer por um carro, quer por uma vida melhor…

MAS NÓS LUTAMOS PELA VIDA! POR ISSO, JAMAIS PODEMOS DESISTIR!

Beijinhos e muita força!

Há dias

Há dias em que tudo vem à cabeça… Tudo tudo tudo…

Há dias em que tal como falei em textos anteriores me pergunto: “porquê?”, “porquê que me aconteceu isto?” (Amigos, estas questões não valem a pena. Mas a verdade é que há dias em que elas surgem.)

Há dias em que me olho ao espelho e me questiono: “Quem és tu?”, “Onde está a Adriana?”.

Muita coisa mudou, muita… tanto fisicamente (o rosto, o cabelo, o corpo…), como psicologicamente (maneira de pensar, agir, gostos…).

Por vezes até acordo e penso como seria a minha vida se nada disto tivesse acontecido… Será que estava já programado no meu destino? Mas será que existe realmente destino?

E surge este tipo de questões…

Bem, eu só queria ter saúde!

Só queria fazer aquilo que mais gosto, comer aquilo que mais gosto… Só queria ser normal.

Mas não dá… Tenho uma lista enorme de cuidados a cumprir… Eu e vocês que se encontram na mesma situação.

E devemos seguir à risca esses cuidados, mesmo nestes dias em que nos vamos um pouco a baixo!

Na verdade, isto acabou por ser um desabafo. Há dias assim, mas também há dias bons… Em que a força para lutar é tão grande que conseguimos ultrapassar qualquer obstáculo.

Agora para aqueles que têm saúde, aqui vai um lembrete:

Sejam o mais saudáveis possível.

Lutem por aquilo que mais gostam, façam aquilo que mais gostam.

Aproveitem ao máximo a vida e não se queixem tanto dela, porque não sabem quando ela pode mudar.

Beijinhos

 

Olá.

Hoje venho falar sobre a Fé, sobre como é importante ter Fé numa situação destas.

Tal como abordei no texto anterior, passamos por um grande sofrimento durante toda a fase de tratamento.

Sendo que todo esse sofrimento, quer físico quer psicológico, faz muitos de nós criar maus pensamentos e algumas questões como: “porquê eu?; “o que fiz de tão errado para merecer isso?”; “irei safar-me desta?”; etc.

Bem, eu falo por experiência própria questionei-me muitas muitas vezes.

Mas, um dia (depois de muitos meses), felizmente algo me fez “abrir os olhos” e reparar que não valia a pena ter esse tipo de pensamentos, e que, o ideal seria começar a pensar positivo.

Foi nessa mesma altura e depois de ter recusado várias vezes, que comecei a fazer Reiki.

O Reiki foi verdadeiramente importante pois trazia-me a paz tão precisa naquele momento.

Os meus melhores dias de isolamento eram aqueles em que fazia Reiki… Ficava tranquila, pensamento positivo, surgia a esperança, a força para lutar…

Então, na verdade, foi a partir do momento que comecei a fazer Reiki que ganhei uma Fé enorme.

Comecei a ter Fé em Deus, porque ele é quem decide. Pois então, comecei a pedir a cura, comecei a rezar…

Amigos, não é possível voltar no tempo, não é possível voltar atrás quando uma situação destas nos acontece. Não falo apenas na leucemia, falo em qualquer outro cancro, em qualquer outra doença ou problema de saúde, em qualquer problema que possam ter…

Sendo que resta-nos confiar na competência dos médicos e ter Fé.

Ter Fé e nunca deixar de lutar, NUNCA! Viver um dia de cada vez, pensar sempre positivo (É muito muito difícil. Haverá dias em que será impossível. Mas tem-se de tentar. Lembro-me perfeitamente de uma terapeuta de Reiki me dizer que quando surgisse um mau pensamento, deveria logo eliminá-lo e começar a pensar naquilo que mais gosto e me faz feliz. Começar a pensar em como a vitória irá saber bem, começar a pensar positivo…), ter esperança e pensar que sairão desta muito mais fortes.

Para todos aqueles que estejam doentes ou com qualquer outro problema, JAMAIS DESISTAM DE LUTAR, TENHAM FÉ! 

É o que vos posso dizer depois de uma má experiência e pela qual ainda luto.

Beijinhos 😊

Radicalmente

Hoje venho escrever sobre como a vida muda radicalmente pós transplante (aconteceu comigo e com outras pessoas que conheci).

Antes de mais, importa abordar a fase de internamento e tratamentos. Trata-se de uma fase muito custosa. Horrível, na verdade. Pelo que, passa-se por um sofrimento físico e psicológico enorme, inexplicável para mim.

Mas, em conversa com uma enfermeira, ela explicou-me que esse mesmo  sofrimento é muito semelhante ao das pessoas que estiveram presas em campos de concentração. É claro que há casos e casos. Nem toda a gente sofre desta forma, pois os tratamentos variam e a reação a esses tratamentos também varia de pessoa para pessoa. Pelo que, há pessoas às quais em consequência da quimioterapia surgem outros problemas, o que aumenta em muito todo este sofrimento.

Mas, quando o tratamento é realizado de forma eficaz e passa-se à fase de transplante (há pessoas que não necessitam de transplante), tudo muda.

Na verdade, a parte do transplante é bem mais simples, pois o internamento é de apenas um mês e a quimioterapia realuza-se em poucos dias.

Logo depois do transplante vem a fase de manutenção que, à medida que o tempo passa vai sendo mais simples, de uma maneira geral.

Então, passando agora ao tema do texto e falando sobre a minha experiência e também de outras pessoas que conheci, posso dizer que a vida muda radicalmente.

Segundo a minha experiência, depois de se passar pelo sofrimento que abordei começa-se a olhar o mundo de uma forma diferente, começa-se a dar valor à vida.

Então, depois de longos meses em isolamento, tudo cá fora é visto de outra forma. O céu, o sol, as flores, a nossa cidade, a nossa casa… Falo de tudo, na verdade.

Vão começar a apreciar cada pormenor do dia a dia e a aproveitar ao máximo.

Falando em particular da minha experiência, eu passei a viver com mais calma, uma calma que não sei bem explicar… Como se fosse um grandíssimo e interminável alívio. Assim, cada dia para mim é uma bênção e tento-o aproveitar ao máximo. Pelo que, cada tarefa é vivida intensamente e realizada da melhor forma que consigo.

Devo dizer que comecei também a gostar de coisas às quais nunca dei valor. Por exemplo cozinhar.

Também, segundo a minha experiência e de outras pessoas, surge uma vontade enorme de saber mais. De saber mais sobre tudo, de aumentar ao máximo a nossa cultura geral.

Uma outra coisa importante é a relação com os outros, que também se torna mais forte. Vão então começar a valorizar bem mais a família, os amigos, os vizinhos e toda a gente que vos rodeia.

Importa também referir que surgirá uma vontade enorme de ajudar os outros, de ser-se útil.

Ocorre então uma mudança radical. No meu caso, essa mudança inclui também coisas como a maneira de vestir (devido à parte física), de me organizar…

Na verdade, passei a ver o mundo com outros olhos. Tenho agora muita Fé em tudo. Não tenho presa de viver. Cada minuto é importante para mim.

Pelo que, tento transmitir isso a toda a minha rede social… Não vale a pena ter presa, não vale a pena complicar, não vale a pena haver brigas inúteis, não vale a pena tentar agradar os outros, não vale a pena…

Sejam aquilo que realmente são, aproveitem cada momento.

Palavras de quem um dia e com apenas 21 anos se arrependeu de tudo o que viveu  até ao momento, depois de ouvir “tem leucemia, se não for tratada de imediato, há um risco enorme de morte”.

Podia estar aqui o dia inteiro a escrever sobre como a vida muda depois de um tamanho sofrimento, mas aos poucos vou escrevendo acerca do tema.

Beijinho enorme 😊

 

Aprender ao longo da vida

Como já referi em vários textos, é muito importante que mantenham a mente ocupada com algo durante todo o processo de tratamento (claramente que haverão fases em que será mais difícil). Uma das ocupações que sempre abordei foi estudar matérias que já estejam esquecidas ou até mesmo aprender coisas novas, através de investigações. Trata-se de se manterem atualizados acerca de diversos assuntos.
Esta é uma das ocupações sugerida por mim. Mas, cada um escolhe a sua, a seu gosto, como é óbvio.

Neste sentido, irei abordar um pouco a aprendizagem ao longo da vida.

Atualmente vivemos numa sociedade em que a mudança se tornou uma constante (pelo que, há sempre coisas novas que podemos aprender,,, há sempre novidades!). Assim, surgem novas necessidades, novos serviços, novas rotinas, novas formas de organização social, novas formas de trabalho, novas formas de vida, etc. Tornando-se necessário que se promovam novas e diferentes aprendizagens que possibilitem a aquisição de competências para que haja uma adequada inserção social, laboral e familiar.

Cada vez mais há uma tendência para incluir, em todos os domínios sociais, as plataformas digitais numa sociedade que se intitula como «Sociedade da informação e do Conhecimento». Em consequência, todos os cidadãos têm vindo a adotar  comportamentos que os «obrigam» a utilizar ferramentas digitais no seu dia-a-dia, sendo necessário que todos os cidadãos dominem estas ferramentas e apresentem níveis aceitáveis de literacia digital.

Alguns estudos demonstram que o grupo dos cidadãos que não tem acesso às novas tecnologias é constituído, maioritariamente, pelas mulheres, pelos desempregados, por indivíduos com níveis baixos de escolaridade e pelos idosos. Tendo em conta que o número de idosos tem vindo a aumentar nas últimas décadas, é importante e fundamental que se promovam medidas e condições para que se inverta a presente situação.

Durante a fase de internamento, sempre tive acesso à internet. Assim, tinha comigo um computador portátil e uma tablet e sempre que estava em “bem”, fazia diversas investigações (para aquelas pessoas que não sabem utilizar as novas tecnologias, há sempre outras opções: revistas, artigos, jornais, livros, etc.). Primeiramente, comecei por investigar o que é isto da Leucemia, as suas causas, o tratamento, as consequências, tudo. Depois, investiguei formas de ultrapassar todos os sintomas que sentia (mais a nível psicológico). Mais tarde, investiguei sobre a alimentação, e esta foi uma das maiores investigações que realizei, acreditem!
Como sabem, a alimentação muda radicalmente
e então, comecei a preparar a minha alta (que infelizmente demorou muitos meses). Investiguei também acerca de formas de melhorar o visual pós queda do cabelo e também acerca das mudanças físicas que poderiam ocorrer.
Como vêem há muito a investigar. Mas, se não se sentirem bem a investigar estes assuntos, sempre podem investigar outros. Eu, investiguei também acerca do envelhecimento, um assunto que me desperta muito interesse. Mas há uma variedade gigantesca de assunto que vos possa despertar interesse.
Por isso, toca a investigar, toca a aprender mais e mais, toca a aumentar a cultura geral!

Depois, quando terminarem os tratamentos, continuem a manter-se atualizados, continuem a aprender ao longo da vida!

Eu acredito que vos irá fazer bem 🙂
É apenas uma dica de alguém que quer aprender ao longo de toda a vida.

Beijinhos

 

Referências bibliográficas: Gil, H. (SD). A educação e a aprendizagem ao longo da vida pelos adultos idosos através das TIC: Reflexões e propostas de implementação. Adultos Idosos e Educação.

Reiki, experimentem!

Segundo José Jesus Lopes “o Reiki é uma arte muito antiga de cura natural com imposição das mãos.”
Segundo o mesmo autor e ambém por experiência própria, o Reiki em termos de cura só trás benefícios. Como é evidente, nenhum terapeuta de Reiki deve garantir a cura ao seu utente, porém, a energia que sai das suas mãos pode verdadeiros fazer milagres.

Importa referir que os terapeutas de Reiki não fazem diagnóstico nem receitam medicamentos. Pelo que, apenas canalizam a energia e  aconselham o utente a ser acompanhado pelo seu médico.

A terapia Reiki além de ajudar na recuperação física, ajuda também na recuperação psicológica de qualquer tipo de tratamento, doença, etc.

Neste sentido, “o Reiki é algo muito especial” e é procurado por diversas pessoas. Pelo que, para além das pessoas menos saudáveis, há igualmente muita gente saudável que procura esta terapia.

Relativamente ao seu funcionamento, “é através dos chacras das mãos que sai a energia vital Reiki” (energia que cura).

Na verdade, não existe nada de sobrenatural na cura Reiki. Pelo que, esta cura baseia-se nas leis naturais. Assim, podemos analisar que “quando o corpo físico adoece, o corpo energético também não está bem”.

Assim, segundo José Jesus Lopes “o Reiki (ENERGIA VITAL UNIVERSAL), ao circular pelos canais energéticos do nosso corpo mantém e/ou restabelece o equilíbrio.”

Eu fiz Reiki durante praticamente todo o tempo de internamento e posso-vos dizer que resulta. Por isso, experimentem!

Também seria importante experimentarem se estiverem a passar pela menopausa precoce, ajudará imenso.

Beijinhos 🙂

Referências bibliográficas: Lopes, J, J. (SD). Lifestyle: O que é o reiki?. Retirado a 4 de outubro de 2018 de https://lifestyle.sapo.pt/astral/terapias/terapias-energeticas/artigos/o-que-e-o-reiki

 

Menopausa precoce

Olá, este texto é para todas aquelas jovens que estão em tratamentos ou a passar por esta fase.

Não é uma fase boa, mas se conseguimos ultrapassar os tratamentos, também conseguimos ultrapassar isto!

Sejam positivas! vamos lutar e viver!

Intensamente!

A menopausa precoce é precisamente deixar de ter a menstruação antes do tempo. Segundo os especialistas, é considerada menopausa precoce quando acontece antes dos quarenta anos.

Os sintomas da menopausa precoce são basicamente os mesmos da normal, no entanto, têm um impacto maior pois acontecem mais cedo, causando uma atrofia uro-genital, envelhecimento cutâneo, perda da massa óssea (osteoporose), deterioração vascular e sintomas como os afrontamentos, sudação nocturna, etc.

Tudo isto causará efeitos físicos e psicológicos intensos. Também impossibilita a reprodução.

Muitas jovens pensam que poderão estar grávidas. Por isso, é importante consultar um médico para tirar as dúvidas. Uma vez que o médico descarte a gravidez, confirma-se ou  reconfirma-se a menopausa precoce através de análises hormonais ou de um teste com progestativo.

Com o desenvolvimento da ciência, uma mulher na menopausa pode ter descendência,  submetendo-se a uma fertilização in vitro, com óvulos doados por outra mulher.

Importa também referir que é relevante o factor psicológico, a mulher deve mentalizar-se e estar certa da sua feminilidade e do seu valor.

Nesta situação, as jovens devem evitar desvalorizar-se, pelo que, se tal acontecer, devem consultar um psicólogo ou sexólogo.

Também importa indicar que uma das consequências da menopausa precoce encontra-se na vida sexual. Segundo Mário de Sousa “devido à privação hormonal, que causa uma diminuição de estrogénios e baixa de testosterona, a menopausa precoce vai necessariamente ter reflexos ao nível do desejo e resposta sexual, diminuição da libido, dor na relação e atraso na resposta».

A queda dos estrogénios causa também outros problemas: afrontamentos, sudação, insónia, cansaço, mudanças de humor, irritabilidade e estados semi-depressivos; passados alguns anos, surge uma diminuição da lubrificação vaginal, bucal e ocular. A pele torna-se mais fina, quebradiça e seca; ao fim de cinco anos, surgem sintomas nos ossos, havendo uma perda anual de 3-4% da massa óssea.

Em relação ao tratamento, o mesmo consiste em manter estáveis os níveis hormonais, principalmente de estrogénios, os quais ajudam a evitar problemas de ossos (osteoporose), cardiovasculares, afrontamentos e também a manter a lubrificação vaginal.

“Esta terapia hormonal de substituição é administrada em comprimidos, adesivos ou em gel.”

Relativamente à qualidade de vida, a mesma será igual à de uma mulher na menopausa

É relevante referir que sem estrogénios há uma tendência para aumentar de peso e sofrer perturbações articulares. Pelo que, para o evitar, deve seguir-se um programa de exercícios: aeróbio, anaeróbio, alongamentos, etc.

Quanto à alimentação, a mesma deve acompanhar o tratamento e assenta em quatro pilares: controle do peso; aumento do cálcio; reforço da ingestão de alimentos como leite e derivados, vegetais, cereais e massas integrais, verduras e frutas.

Sousa, M. Lifestyle: Menopausa precoce. (SD). Retirado a 3 de outubro de 2018 de https://lifestyle.sapo.pt/saude/saude-e-medicina/artigos/menopausa-precoce